quinta-feira, 23 de maio de 2013

Grupos para trabalho com o livro O Que É Cultura

Grupos Alunos Turma




1 4,20,18/21,08,25,35 221




2 17,03,26,15/18,13,9,6/





3 10,11/27,34/07,31/23,33,05





4 24,36/01,29/





Grupos Alunos Turma




1 14,34,35,19/20,04,15 222  .



2 05,09/33,24,26,10





3 02,27,31/01,21,08,13/6,37,29,03





Grupos Alunos Turma




1 33,19,28/35,34 223




2 36,08,18,12,25,32,5,16





3 11,23,30,21/9,17,07/1,2,3





4 14,20/4,26,27,37/18,12,25,32





Documentário - O Riso dos Outros (Pedro Arantes)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

TRABALHO SOBRE CULTURA


Alunas e Alunos, 


No segundo trimestre vamos trabalhar cultura e ideologia. Para tanto, iniciaremos com a leitura de um livro intitulado O que é Cultura?. Você poderá encontrá-lo tanto no site, dentro da pasta de sociologia, como no "xerox" da escola. 
Em sala de aula já dividimos os capítulos a partir dos quais cada aluno/a deverá compor um grupo. Todos/as os/as estudantes deverão ler  todo o livro, mas terão uma responsabilidade maior com os capítulos escolhidos. A cada aula estudaremos dois capítulos. Ou seja, sendo o livro composto de quatro capítulos, a cada aula estudaremos dois capítulos, disponibilizando duas aulas de nosso calendário para o tema Cultura. Cada grupo deverá produzir uma resenha crítica sobre o seu tema e a mesma deverá ser entregue na semana posterior ao término da atividade, assim os estudantes poderão ter uma visão mais completa da obra. 


 Resumindo, as tarefas são:


Dividir-se em grupo (já fizemos em aula);
-Ler todo o livro, com especial atenção ao capítulo pelo qual ficou responsável;
-Apresentar em sala de aula as colocações do autor sobre o capítulo pelo qual seu grupo está responsável, assim como as conclusões do seu grupo sobre o tema; (1,0 ponto)
-Produzir resenha crítica nos seguintes padrões: se digitada, mínimo 15 e máximo 20 linhas, fonte 12, espaçamento simples.  Se feito à mão, mínimo 20 linhas e máximo 30. (2,0 pontos)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quem inspirou o termo baderna?


Obs. Como prometido, posto aqui a origem do termo baderna.

No meio da festa, toca o telefone. É o vizinho rabugento do 302, reclamando, pela milésima vez, da baderna. É bem provável que o baladeiro não dê a menor importância para a interrupção, mas você já parou pra pensar de onde veio a palavra baderna?
É uma longa história. O termo baderna como sinônimo de bagunça surgiu do sobrenome de uma moça italiana. Mais precisamente de Marietta Baderna, nascida em Piacenza, em 1828, filha do médico e músico Antônio Baderna. Conforme o professor Ari Riboldi, especialista em termos e expressões da língua portuguesa, Marietta, ainda adolescente, tornou-se famosa bailarina, com muito sucesso na Itália e países europeus vizinhos, como a Inglaterra. Nesse período, a Itália passou por conflitos internos e ficou dividida, com parte de seu território sob dominação da Áustria. Graças ao sucesso de sua arte, a bailarina teria contribuído com recursos para a causa da unificação de seu país.
Para escapar da perseguição política, em 1849, Marietta e seu pai refugiaram-se no Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro, lugar ideal para a família Baderna prosperar. O Brasil vivia o regime imperial. "A bailarina começou a apresentar-se no Teatro Imperial e logo conquistou uma legião de fanáticos fãs, especialmente entre o público mais jovem", conta Riboldi. Talentosa, de espírito rebelde e contestador, a artista ganhou muitos admiradores.
Logo, porém, começou a sofrer a perseguição dos conservadores e moralistas. Para eles, a bailarina italiana representava um perigo ao futuro das novas gerações, um mau exemplo. "Ela vivia com um artista sem estar formalmente casada. Além disso, incorporara em seu repertório clássico músicas e coreografias de origem popular brasileira e africana", explica. Começou a ser rejeitada pelos empresários e suas apresentações ficavam reduzidas em tempo e em segundo plano. Os seus fãs, já conhecidos como baderneiros, protestavam batendo os pés no chão e intrrompendo os espetáculos. Ao término das apresentações, saíam pelas ruas da cidade batendo os pés e gritando o nome da artista.
Prevaleceu a vontade dos conservadores e os bons costumes foram salvaguardados. Marginalizada e para muitos tida como prostituta, não coube a Marietta Baderna outro destino: com o pai voltou para a Itália e sua carreira entrou em decadência. "Dela ficou como legado a ousadia de afrontar as ditas regras sociais e bons costumes e a palavra baderna, registrada como sinônimo de bagunça, confusão, desordem pública", explica o professor. 
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/quem-inspirou-o-termo-baderna,ab08d8aec67ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html acesso 10/04/2013

Trabalho de pesquisa e redação


Trabalho somente para os segundos anos da TARDE. Alunos/as da noite estão dispensados/as desse trabalho. 

 O/a aluno/a deverá realizar questionário com duas pessoas, sendo, obrigatoriamente, um homem e um mulher. Essas pessoas podem ser pessoas da  família, colegas de trabalho, vizinhos... Deverão ser feitas as seguintes perguntas:

Nome
Idade
Profissão
Escolaridade
Raça/etnia

Em seguida, pergunte:

Quantas horas, por dia, você gasta com trabalhos domésticos?
Você trabalha fora de casa?
Se a resposta anterior for sim, pergunte: Quantas horas trabalha fora de casa?
Quanto tempo você leva para se descolar até chegar no seu trabalho?
Quantas pessoas vivem na sua casa?

Depois de realizar a pesquisa com as duas pessoas, o/a aluno/a deverá escrever um texto refletindo sobre o que elas informaram e os temas estudados em sala de aula sobre trabalho.

Formatação

O texto deverá conter, no mínimo, quinze linhas (15), podendo ser escrito à mão ou digitado. Caso seja impresso, deverá ser utilizada fonte Arial, tamanho 12, espaçamento simples.
O peso dessa atividade é 3 pontos.
As questões não contam nas quinze linhas, mesmo sendo obrigatória a colocação das respostas no trabalho.  

Texto 5 -

Juventude e Trabalho

Desemprego

Ao procurar vender sua força de trabalho, o fato de ser jovem é condicionante para elevar a possibilidade de não ter sucesso na busca desse objetivo. É importante enfatizar, por uma questão didática, que o fato de entrar no mercado de trabalho não resulta em conquistar um posto de trabalho. Significa, unicamente, que a pessoa colocou sua força de trabalho à disposição para venda. A situação de desemprego é marca recorrente, consolidando-a como aspecto central no atual padrão de inserção ocupacional de jovens no País. Em outras palavras, a principal característica da entrada do jovem no mercado de trabalho é sua inserção na condição de desempregado. Analisando os dados sobre desemprego metropolitano, o DIEESE constatou que são os adolescentes, as mulheres e os(as) negros(as) os mais expostos a essa situação. A redução do desemprego, verificada nos anos recentes, não tem contemplado da mesma forma os jovens inseridos no mercado de trabalho brasileiro. Observação importante a ser destacada é a feminização do desemprego juvenil. A maior parte dos desempregados jovens nas regiões metropolitanas eram mulheres (56%). Aumentou o número de mulheres que saiu da inatividade para a condição de desempregada12. Jovens negros(as) de 16 a 24 anos, por sua vez, representam a grande maioria dos jovens desempregados (55,9%) nas regiões metropolitanas pesquisadas pelo DIEESE. Constatou-se que, no período de 1998 a 2007, a juventude negra acentuou sua representação no desemprego metropolitano. Nesse período, na região metropolitana de Salvador, capital baiana, a proporção de negros(as) napopulação desempregada jovem partiu de 86,8% para 90%13.
 
Vínculos de trabalho
 
Um dos mecanismos de flexibilização adotados e que tem assumido grande dimensão são as formas atípicas de trabalho. São maneiras de flexibilizar os contratos de trabalho, estabelecendo relações disfarçadas de emprego. É disfarçada porque apesar da contratação não ser realizada por um contrato de trabalho regular, mantém a subordinação nas relações de emprego, mas com menor proteção social, porque dribla a regulamentação do emprego vigente no país16. Os vínculos de trabalho são os mais precários para os mais jovens. Possuem baixa participação no emprego formal. A ausência de fiscalização do trabalho e a facilidade extrema em precarizar o trabalho juvenil produz um quadro no qual praticamente todos os jovens estudantes entre 14 e 15 que trabalham o fazem à margem da legislação 17. O trabalho, nessa faixa etária, segundo a CLT, deveria ser contratado unicamente na condição de aprendiz, o que não ocorre com 90% dos jovens nessa faixa etária que estão ocupados. Entre os jovens ocupados, as mulheres e os(as) negros(as) estão submetidos a relações de trabalho ainda mais precárias, no trabalho autônomo e no serviço doméstico. Quase todo o aumento do emprego de adolescentes (16 e 17 anos) na década atual ocorreu na categoria sem carteira de trabalho assinada18. O baixo percentual de vínculos formais de trabalho assalariado de jovens é efeito do contexto do mercado de trabalho com regulação pública altamente flexível, favorecendo empresários que procuram ajustar seus custos de produção. Informalidade, nesse mercado de trabalho, significa ampliação da precarização e da desproteção social. São trabalhadores/as mais sujeitos/as às instabilidades do
mercado.

Trabalho doméstico
 
As mulheres jovens têm no trabalho doméstico remunerado sua principal forma de inserção ocupacional. Elas seguem o caminho inverso ao dos homens. Enquanto esse tipo de ocupação representa 0,6% dos jovens homens entre 14 e 29 anos que somente trabalham e não estudam, esse percentual sobe para 16% para as jovens mulheres. E, para elas, a informalidade também é regra: apenas 3,2% possuem carteira assinada. Entre o total de jovens que não estudam, não trabalham e não procuram trabalho, há uma grande concentração de mulheres. Elas estão na posição de cônjuges. São jovens pertencentes a famílias de baixa renda e possuem baixa escolaridade34. Estão condicionadas ao trabalho reprodutivo – familiar e de  cuidados. Dedicam-se integralmente ao trabalho doméstico não remunerado. Análise do IBGE constata que o incessante crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho não reduziu o tempo que elas dedicam às tarefas domésticas. Quase todas as mulheres (94%) com idade entre 25 a 49 anos – faixa etária em que a população feminina economicamente ativa é maior – executam trabalho doméstico não remunerado35.
 
O trabalho estágio

A década de 1990 data o contexto no qual se aprofundou o uso do estágio como mecanismo de contratação de mão-de-obra barata e descartável em nosso país. Originalmente definido como mecanismo de interação entre estudo e inserção ocupacional, ele distanciou se consideravelmente da forma ato educacional para ser instrumento de precarização de postos de trabalho. Esse contexto favoreceu o crescimento vertiginoso do uso de contratação de estagiários como forma de reduzir os custos com mão-de-obra. A ideia neoliberal de flexibilizar as relações de trabalho encontrou um público extremamente fragilizado: a juventude inserida precocemente num mercado de trabalho absolutamente desfavorável à garantia de direitos trabalhistas. A intermediação de contratos de estágios tornou-se um grande negócio a partir dos anos 1990, conformedemonstrado no gráfico 4. Empresas e associações empresariais como o CIEE (Centro de IntegraçãoEmpresa-Escola), o NUBE (Núcleo Brasileiro de Estágios) e a ABRE (Associação Brasileira de Estágios),dentre outras, possuem cadastros impressionantes, com milhares de empresas e de instituições de ensinoem sua lista de intermediação. O NUBE comemora, em seu portal na internet, a marca de mais de 150 mil estagiários inseridos no mercado de trabalho por seu intermédio. Possui um banco de dados com mais de 2 milhões de estudantes cadastrados25. O CIEE itermedia, atualmente, 350 mil estagiários em empresas e órgãos públicos, administra 245 mil programas de estágios e instalou mais de 300 unidades de atendimento em todo o Brasil26. É importante lembrar sempre que a inserção no mercado de trabalho não significa necessariamente estar empregado e, sim, ter colocado sua força de trabalho à disposição para venda aos empregadores que quiserem comprá-la. 

Trechos retirados de: Campos, Anderson de S., 1978- Juventude e ação sindical: crítica ao trabalho indecente / Anderson Campos. –Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2010.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Para quem curte um samba, o Samba da Mais-Valia

Texto 4



Tempo de Trabalho Socialmente Necessário


Para sobreviver a humanidade precisa produzir e consumir constantemente. Na sociedade capitalista a Força de Trabalho é vista como uma dessas mercadorias. Mas ela é um tipo diferente de mercadoria, pois no lugar de se esgotar, de ser consumida, ela produz valor.
Tudo o que criamos carrega para sempre o nosso trabalho. Assim, se produzimos um botão, ele sempre terá uma parte do nosso trabalho nele, do trabalho de quem extraiu o petróleo para que ele fosse produzido, do trabalho de quem desenvolveu tecnologia para extrair o petróleo e transformá-lo em plástico. Ou seja, os objetos carregam os diversos trabalhos realizados para que ele pudesse ser produzido. Assim, um botão, um pedaço de linha, se deixados sem uso, são um trabalho morto. Quando usamos essa linha e esse botão para produzir um casaco, por exemplo, ressuscitamos esse trabalho, damos vida a ele novamente na produção de uma nova mercadoria. E dessa forma, o valor de cada mercadoria também vai incorporando os trabalhos necessários para que ela pudesse ser produzida.
Fazendo as Contas
Bem agora vamos precisar de uma ajudinha da matemática. Nada demais, mas serve para lembrarmos que nenhuma ciência vive sem a outra. Vamos lá. Vamos tentar descobrir o que tem no valor de um produto que precisamos todo o inverno, um casaco. Na aula passada a vimos que para produzir algo precisamos de matéria-prima, de instrumentos de trabalho e claro, da força de trabalho. Então suponhamos os seguintes valores:

R$ 100,00 – matéria-prima (nesse valor já embutido o trabalho realizado para produzi-la)+
R$ 20,00 – desgaste dos instrumentos+
R$ 30,00 – valor diário pago a cada trabalhador/a do/a trabalhador/a+
______
R$ 150 - Valor do casaco representado pela soma das diversas mercadorias que entraram na produção

Ora, se todo o valor de um produto corresponde ao que se gastou para produzi-lo, como se obtém lucro?

Mais-Valia

O capitalista poderia aumenta o valor da mercadoria casaco para R$ 200,00 e teria lucro. Mas a tendência é que todos os outros capitalistas que produzem as matérias-primas necessárias para a produção, fizessem o mesmo. Isso deixaria o sistema inviável. Diante disso, não podemos buscar as bases do lucro capitalista na compra e na venda das mercadorias e sim na sua produção.

Vejamos como isso se dá:

Imagine um trabalhador com uma jornada de trabalho de nove horas. A cada três horas ele produz um casaco. Nessas três horas ele já produziu uma quantidade de trabalho correspondente ao valor do seu salário. Como seu salário é pago por dia, as outras seis horas ele trabalhará para produzir apenas para o capitalista, gerando um valor muito maior do que o seu salário.
Observe a conta que fizemos acima, onde o custo para produzir um casaco era de R$150,00. Mas agora pense no trabalhador que em uma jornada de nove horas, produzindo um casaco a cada três horas e ganhando os mesmos R$30,00. Perceba que o capitalista obtém um valor muito maior:
R$ 120, 00 ( meios de produção: matéria-prima + instrumentos) X 3 = R$ 360,00
R$ 30,00 (salário)
________________
R$ 390,00/3: 130,00


Mais-Valia Absoluta e Mais-Valia Relativa

Além disso, há outras duas formas de se obter a Mais-Valia. Podemos aumentar as horas de trabalho, fazendo com que o/a operário/a produza mais pelo mesmo salário. Marx chamou isso de Mais-Valia Absoluta. Ou modernizamos os meio de produção, como por exemplo, uma máquina que produz mais que o modelo anterior com a mesma quantidade de tempo. Essa chamamos de Mais-Valia Relativa.



domingo, 24 de março de 2013

A História da Água Engarrafada

Galera,
 Mais um vídeo da série Promessa é Dívida. Numa das aulas de quarta, prometi postar material sobre o tema da água. Pensei que vocês gostariam mais de um vídeo do que um texto. Portanto, deixarei um bem bacana produzido pela mesma galera do Históia das Coisas e indicado pela bióloga Cintia Barenho.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Capitalismo, uma História de Amor

Prometi para uma turma que postaria o filme Capitalismo, uma História de Amor, produzido pelo Michael Moore, aqui no nosso blog. Infelizmente não encontrei o filme completo no youtube com legendas em português, apenas achei o trailer. De qualquer forma, fica a dica de um baita documentário que mostra a situação dos EUA durante a crise financeira e demostra o que a mídia tenta esconder, mostra as razões e os efeitos dessa crise na maior potência econômica e militar do mundo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Texto 3



A história das coisas





Na última aula assistimos ao vídeo A História das Coisas. Ele destacou coisas bem importantes sobre a forma como produzimos e consumimos. Vamos relembrar os pontos mais importantes?



Produção:



Exploração dos recursos naturais: produzimos as coisas que consumimos utilizando recursos da natureza. Por exemplo, retiramos da natureza a madeira para produzirmos papel, lápis, móveis. Também retiramos petróleo para produzir plástico, e assim por diante. O problema é que, por exemplo, o papel é produzido a partir do eucalipto, que por sua vez, consome uma quantidade tão grande de água para se desenvolver que coloca em risco os rios que o cercam. O Petróleo é um bem finito e extremamento poluente, mas nós continuamos a usá-lo desenfreadamente.



Produtos tóxicos: boa parte do que consumimos é produzido com materiais tóxicos, que por sua vez nos envenenam. Os nossos alimentos, muitas vezes, também estão envenenados com agrotóxicos ou produzidos com sementes transgênicas, as quais são denunciadas cotidianamente por cientistas e trabalhadores/as rurais como perigosas à nossa saúde.



Exploração do trabalhador: para poder explorar ainda mais os recursos naturais e utilizar produtos tóxicos na produção, as grandes empresas buscam se instalar em países pobres, onde os governos façam “vistas grossas” aos seus crimes ambientais e onde existam pessoas desesperadas o bastante para trabalharem por muito pouco. É explorando esses países e seus trabalhadores/as que é possível a produção de mercadorias tão baratas. Você já viu onde são produzidas os artigos vendidos nas lojas de “1,99”?



Consumo

Para tudo isso funcionar, as pessoas precisam estar constantemente comprando. Mas o que acontece se pararmos de comprar? A resposta é: entraremos em crise econômica. O capitalismo é um modo de produção baseado na ideia de consumo incessante. Mas se estamos acabando com o mundo, e sabemos disso, como nos convencem a continuar comprando o que não precisamos?



Obsolecência planejada: o produto é feito para não durar. Ou seja, o fato de serem feitos com matérias-primas de baixa qualidade faz com que durem pouco e custem pouco para serem produzidos. Assim, logo será necessário comprá-lo novamente. Você já percebeu que cada vez menos mandamos as coisas para o conserto? O quanto, gradativamente, é mais “em conta” comprar um novo do que mandar arrumar?



Obsolescência perceptiva: você pode resistir a tudo isso e usar o mesmo celular por três anos, afinal de contas, você só precisa que ele receba e faça ligações. Mas mesmo que não deseje nenhum dos novos recursos, perceberá o quanto ele está fora de moda. As pessoas sugerirão que você troque de aparelho, mesmo que não precise. A cada ano a moda diz qual será a cor da estação e o modelo das calças, camisas, casacos. Dessa forma, a cada ano precisamos comprar coisas novas para estamos satisfazendo não a nossa vontade, mas a vontade do modo de produção capitalista.



Mídia: somos bombadeados/as, todos os dias, pelos canais de TV, jornais, sites, outdoors e todo o tipo de propaganda, a consumir. Somos convencidos/as que tal produto deixará nosso cabelo lindo e que da forma como está hoje, está feio. Seremos mais poderosos/as quanto mais potente for o motor do nosso carro. E assim por diante.





Será que podemos continuar a viver e a produzir assim?

segunda-feira, 11 de março de 2013

A história das coisas

Vídeo A História das Coisas - completo

Texto 2



A sociedade Capitalista


Quando compramos qualquer coisa, roupas, calçados, alimentos, bebidas, brinquedos, estamos participando da vida econômica da sociedade. Quando trabalhamos, estamos produzindo bens e serviços para outras pessoas comprarem. Mesmo o morador em situação de rua, quando esmola, usa os centavos ganho para comprar algo e está participando da vida econômica, pois ele compra algo que foi produzido por outra pessoa e que provavelmente é vendida por outra.
Mas nem sempre fomos ao supermercado para comprar os produtos que precisamos e nem sempre a humanidade teve que consumir a quantidade de coisas que consumimos. Durante muitos séculos homens e mulheres trabalharam em conjunto para satisfazer suas necessidades. Só depois de muito tempo alguns começaram a se dizer donos das terras e dos produtos produzidos nelas, fazendo com que os demais tivessem que trabalhar para eles. Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta. A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para eles mesmos. Na sociedade Capitalista a terra e os instrumentos necessários para produzir estará nas mãos de poucas pessoas. E essas poucas pessoas vão fazer com que as muitas que nada tem trabalhem para elas.


O que Karl Marx diz sobre alguns terem muito e fazerem outros trabalharem para eles:
Karl Marx disse que para ter lucro, para sobrar dinheiro, o burguês vai pagar somente uma parte do trabalho que o proletário (trabalhador) realiza. Assim, quando ele vender o produto, uma parte do valor que este produto tem graças ao trabalho do proletário ficará para o burguês.
Exemplo: eu faço um par de tênis para a empresa na qual eu trabalho. O meu salário é R$ 600,00 (seiscentos reais), mas o par de tênis será vendido por R$ 650,00. Só que eu não produzo somente um par de tênis por mês, eu produzo cem pares. Ou seja: eles me pagam R$ 600,00, mas eu produzo R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil) em um mês.
Dentro da concepção marxista, todas as fábricas, escritórios, empresas, todo e qualquer trabalho na sociedade capitalista funciona dentro da lógica de explorar o trabalhador e de fazer com que todos e todas nós passemos a consumir cada vez mais coisas, para ter que trabalhar cada vez mais e assim dar mais e mais lucro para nossos empregadores. Para Karl Marx e Engels, as leis, a família, a religião, todas as instituições que fazem parte da nossa vida tentarão fazer com que aceitemos essa forma de produzir e consumir. Nos fazendo crêr que é assim, porque sempre foi, fazendo com que nos esqueçamos que nada foi sempre assim, nem precisa ser assim pra sempre.


quarta-feira, 6 de março de 2013

Texto 1

                                                         Conhecendo Karl Marx           






Karl Marx (1818-1883) pode ser considerado o maior teórico de um século do qual sequer conheceu, o século XX. Hoje vamos conhecer um pouquinho da vida dele.
O jovem Marx formou-se em Direito e sempre foi um aluno brilhante. Através dele conhecemos a maior teoria sobre a sociedade capitalista pensada até hoje. Desenvolveu ideias tão inovadoras que todas as revoluções vindas depois de seus escritos têm alguma coisa a ver com ele.
Religião
Era de origem judaica, mas sua família tinha se convertido ao protestantismo. O jovem, para o desespero do pai, afirmaria: a religião é o ópio do povo. Ou seja, para ele, a religião é uma forma de não deixar as pessoas pensarem sobre o mundo e sobre as injustiças sociais. Enquanto o povo tem medo de ir para inferno, não se revolta contra o Estado.
Uma vida nômade
Marx trabalhou como jornalista, mas por causa das coisas que contava sobre a classe dominante, os jornais sempre eram fechados e ele precisava se mudar. A classe dominante era amiga da Igreja e dos políticos e juntos mandavam no Estado. Amigos defendem seus amigos.
Porém, como todos/as nós, Marx tinha sentimentos e casou com a jovem Jenny Von Westphalen, em 12 de junho de 1843. Fofo né? Bem no dia dos namorados aqui no Brasil. Os dois jovens alemães foram então morar na França, depois na Inglaterra, e passaram vida sendo expulsos dos lugares onde viviam por causa das ideias de Marx.
Em Paris trabalhou em várias revistas, mas estava cada vez mais decidido a denunciar os abusos sofridos pelos/as trabalhadores/as no capitalismo. De tanto publicar coisas que desagradavam o governo alemão ( prussiano), seu país de origem exigiu que ele fosse expulso. Lá se vai Marx pra Inglaterra.
O Encontro com Engels
Contudo, escrevendo para o jornal Gazeta Renana, Marx conheceu Friedrich Engels. O novo amigo era filho de um rico fabricante de tecidos, mas se revoltou com a forma desumana com a qual os/as trabalhadores/as de sua época viviam e a miséria do povo. Passou a vida escrevendo com Marx e o auxiliando financeira e intelectualmente. Sim, porque Karl Marx vivia desempregado por causa das coisas que escrevia.
Lembre-se da a frase de Martin Luther King1: “Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa.”
Os dois produziram, enquanto Marx estava no exílio, o Manifesto Comunista. Esse livrinho de oitenta páginas mudou o mundo. Nele Marx e Engels denunciavam a forma como as pessoas que possuem os meios de produção se apropriavam de parte do trabalho das outras pessoas. Isso deu o maior rebuliço.
Para piorar as coisas, Marx escreveu um livro mostrando exatamente como funcionava a economia, o dinheiro, como se tinha lucro com alguma coisa, como se explorava alguém. Essa seria sua maior obra e se chamaria O Capital. Morreu escrevendo esse livro, sendo que a última parte foi terminada por Engels. Pobre, tendo perdido três filhos em decorrência das precárias condições nas quais viviam, chegou colocar a seguinte frase em uma das suas cartas a Engels: Nunca alguém falou tanto sobre dinheiro sem ter um tostão2.
E o que nós temos a ver com isso?
Bem, nesse trimestre vamos estudar a centralidade do trabalho no desenvolvimento das sociedades e o modo de produção capitalista. Karl Marx e Friedrich Engels foram os principais pensadores sobre o assunto e conhecer a vida deles nos auxilia na compreensão de sua teoria. Afinal, segundo eles mesmos, é a realidade na qual vivemos, a forma como trabalhamos, produzimos e consumimos é que determinam nossa consciência sobre as coisas.


1Lutador em defesa da igualdade racial, foi assassinado a tiros por um opositor, em abril de 1968,num hotel na cidade de Memphis, onde estava em apoio a uma greve de coletores de lixo.
2Stallybrass, Peter.O casaco de Marx: roupas, memória, dor.Belo Horizonte, Ed. Autêntica Disponível em: http://www.autenticaeditora.com.br/download/capitulo/20090727111813.pdf