Quando
compramos qualquer coisa, roupas, calçados, alimentos, bebidas,
brinquedos, estamos participando da vida econômica
da sociedade.
Quando trabalhamos, estamos produzindo bens e serviços para outras
pessoas comprarem. Mesmo o morador em situação de rua, quando
esmola, usa os centavos ganho para comprar algo e está participando
da vida econômica, pois ele compra algo que foi produzido por outra
pessoa e que provavelmente é vendida por outra.
Mas
nem
sempre fomos ao supermercado para comprar os produtos que precisamos
e nem
sempre a humanidade teve que consumir a quantidade de coisas que
consumimos. Durante muitos séculos homens e mulheres trabalharam em
conjunto para satisfazer suas necessidades. Só depois de muito tempo
alguns começaram a se dizer donos das terras e dos produtos
produzidos nelas, fazendo com que os demais tivessem que trabalhar
para eles. Na
sociedade escravista
os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os
escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um
instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta. A
sociedade feudal era
constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de
seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os
serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu
senhor e outro pouco para eles mesmos. Na
sociedade Capitalista a
terra e os instrumentos necessários para produzir estará nas mãos
de poucas pessoas. E essas poucas pessoas vão fazer com que as
muitas que nada tem trabalhem para elas.
O
que Karl Marx diz sobre alguns terem muito e fazerem outros
trabalharem para eles:
Karl
Marx disse que para ter lucro, para sobrar dinheiro, o burguês vai
pagar somente uma parte do trabalho que o proletário (trabalhador)
realiza. Assim, quando ele vender o produto, uma parte do valor que
este produto tem graças ao trabalho do proletário ficará para o
burguês.
Exemplo:
eu faço um par de tênis para a empresa na qual eu trabalho. O meu
salário é R$ 600,00 (seiscentos reais), mas o par de tênis será
vendido por R$ 650,00. Só que eu não produzo somente um par de
tênis por mês, eu produzo cem pares. Ou seja: eles me pagam R$
600,00, mas eu produzo R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil) em um mês.
Dentro
da concepção marxista, todas as fábricas, escritórios, empresas,
todo e qualquer trabalho na sociedade capitalista funciona dentro da
lógica de explorar o trabalhador e de fazer com que todos e todas
nós passemos a consumir cada vez mais coisas, para ter que trabalhar
cada vez mais e assim dar mais e mais lucro para nossos empregadores.
Para Karl Marx e Engels, as leis, a família, a religião, todas as
instituições que fazem parte da nossa vida tentarão fazer com que
aceitemos essa forma de produzir e consumir. Nos fazendo crêr que é
assim, porque sempre foi, fazendo com que nos esqueçamos que
nada
foi sempre assim, nem
precisa ser
assim pra sempre.
No exemplo, o trabalhador produz cem pares de tênis, mas o material deste tênis não é do trabalhador e sim da empresa, então ta certinho o valor que ele recebe (Y)
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