segunda-feira, 11 de março de 2013

Texto 2



A sociedade Capitalista


Quando compramos qualquer coisa, roupas, calçados, alimentos, bebidas, brinquedos, estamos participando da vida econômica da sociedade. Quando trabalhamos, estamos produzindo bens e serviços para outras pessoas comprarem. Mesmo o morador em situação de rua, quando esmola, usa os centavos ganho para comprar algo e está participando da vida econômica, pois ele compra algo que foi produzido por outra pessoa e que provavelmente é vendida por outra.
Mas nem sempre fomos ao supermercado para comprar os produtos que precisamos e nem sempre a humanidade teve que consumir a quantidade de coisas que consumimos. Durante muitos séculos homens e mulheres trabalharam em conjunto para satisfazer suas necessidades. Só depois de muito tempo alguns começaram a se dizer donos das terras e dos produtos produzidos nelas, fazendo com que os demais tivessem que trabalhar para eles. Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta. A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para eles mesmos. Na sociedade Capitalista a terra e os instrumentos necessários para produzir estará nas mãos de poucas pessoas. E essas poucas pessoas vão fazer com que as muitas que nada tem trabalhem para elas.


O que Karl Marx diz sobre alguns terem muito e fazerem outros trabalharem para eles:
Karl Marx disse que para ter lucro, para sobrar dinheiro, o burguês vai pagar somente uma parte do trabalho que o proletário (trabalhador) realiza. Assim, quando ele vender o produto, uma parte do valor que este produto tem graças ao trabalho do proletário ficará para o burguês.
Exemplo: eu faço um par de tênis para a empresa na qual eu trabalho. O meu salário é R$ 600,00 (seiscentos reais), mas o par de tênis será vendido por R$ 650,00. Só que eu não produzo somente um par de tênis por mês, eu produzo cem pares. Ou seja: eles me pagam R$ 600,00, mas eu produzo R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil) em um mês.
Dentro da concepção marxista, todas as fábricas, escritórios, empresas, todo e qualquer trabalho na sociedade capitalista funciona dentro da lógica de explorar o trabalhador e de fazer com que todos e todas nós passemos a consumir cada vez mais coisas, para ter que trabalhar cada vez mais e assim dar mais e mais lucro para nossos empregadores. Para Karl Marx e Engels, as leis, a família, a religião, todas as instituições que fazem parte da nossa vida tentarão fazer com que aceitemos essa forma de produzir e consumir. Nos fazendo crêr que é assim, porque sempre foi, fazendo com que nos esqueçamos que nada foi sempre assim, nem precisa ser assim pra sempre.


Um comentário:

  1. No exemplo, o trabalhador produz cem pares de tênis, mas o material deste tênis não é do trabalhador e sim da empresa, então ta certinho o valor que ele recebe (Y)

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